A TEIA DA ARTE

Dia desses estava pensando sobre a Arte e não sei por qual motivo, me veio à mente, a imagem de uma teia. Uma teia é frágil, mas ao mesmo tempo resistente. Capaz de suportar intempéries. Que quando se rompe, novamente é refeita, da mesma forma, com o mesmo equilíbrio. A união calculada de fios, em perfeita conexão com a vida. Decifrando maneiras, de se moldar ao tempo e ao espaço em total e inspiradora harmonia. Nada demais, nada de menos. Penso que a Arte é como uma teia então. Com criações que de alguma forma, por elos que nem sequer compreendemos, se unem. Fios e mais fios que crescem constante e infinitamente. Uma teia delirantemente viva, com cada fio sendo a fonte de criação. Onde as ideias brotam, ganham corpo, num caprichoso e incansável trabalho. E por ser exatamente a mola mestra, de toda essa cadeia produtiva, que nasce através da pesquisa, dos saberes, da busca, do debate, é uma teia instigante, inquietante, sedutora. Perfeita na forma. Formidável na sua força.

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