O PAPEL
Eu anotei em um papel, tarde da
noite. Não sei onde deixei.
Tinha alguma coisa escrita bem no
meio da folha. Não sei bem o que. Talvez um número de telefone tardio, fácil de
esquecer.
Uma ideia para iniciar um projeto, um
desenho. Não desenho não... Sou péssima nisso.
Uma pergunta. Sim! Uma pergunta!
Dessas que a gente anota por nunca encontrar resposta.
O início de alguma rima? Não sei.
Não sei onde deixei cair a tal viagem
que tanto planejo ou endereço novo de alguém.
Sinceramente, não me recordo mesmo
onde pus o tal papel.
Sabe o que seria bom? Poder escrever
meu futuro num papel almaço, com lindo cabeçalho e margens bem definidas... Com
uns daqueles decalques de flores que a gente colocava na água, esperava molhar
bem, até quase dobrar, para depois, com cuidado, colar... Ora, isso soa
engraçado! Dar ao meu futuro, ares de passado.
domingo, setembro 06, 2015
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