A DANÇA
Hoje, nessa noite de céu claro, as
estrelas podiam cair sobre mim.
Que delírio, que obscura coisa sem
sentido é lembrar daquilo que não se viveu e se queria viver. E parto. Parto
vendo as estrelas bailarinas. Ponho-me a dançar com elas. E num giro constatar
que até as estrelas, no surgimento do delicado instante, podem desaparecer por
trás das nuvens. Agora, também elas, são ausência. Mais um viver que se vai.
Rodopio bem no centro do adeus, olhando
as nuvens. Será mais uma lembrança daquilo que não vivi e que queria viver. Ah,
sim... As estrelas caindo, sobre mim.
domingo, maio 05, 2013
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