QUIETUDE
Sempre chega uma hora em que tudo
se aquieta. Todos os sons e motivos emudecem. Todas as dores sopradas, feridas
fechadas. Às vezes a espera é longa. O sofrer é denso, febril, profundo. E a
cura, algo distante, inalcançável. E vem o cansaço. Aquele torpor no corpo que
está a muito tempo parado. De sentimento já há tempos equivocado. Então,
caminhos viram outros, atalhos se descobre, as dores são deixadas, feridas
cicatrizadas... O choque já passou. Às vezes demora. Demora bastante. Mas
sempre chega o momento em que muita coisa morre. Muito se esquece. E nesse
morrer, nesse esquecer, tudo é alívio e paz. Todas as dores agora sopradas,
todas as feridas agora fechadas... Essas, já não doem mais.
domingo, março 03, 2013
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